Estamos Bem - Ninca LaCour

Dica: não julgue o livro pela capa




Sinopse: Marin deixou tudo para trás. A casa de seu avô, o sol da Califórnia, o corpo de Mabel e o último verão agora são fantasmas que ela não quer revisitar. O retrato de uma história em que já não se reconhece mais. Ninguém nunca soube o motivo de sua partida. Nada se sabe sobre a verdade devastadora que destruiu sua vida. 

Agora, ela vive em um alojamento vazio e está sozinha no inverno de Nova York. Marin está à espera da visita de sua melhor amiga e do inevitável confronto com o passado. As palavras que nunca foram ditas finalmente se farão presentes para tirá-la das profundezas de sua solidão.


Edição: O livro é um lançamento de 2017 da Plataforma 21, o título original é We Are Okay, a capa original é igual a brasileira com a diferença da tradução do título. 


Considerações: A capa desse livro é linda, isso é inegável, apesar do conceito de beleza ser muito pessoal (haha).
A Marin, personagem principal, começa o livro falando sobre como ela está se sentindo, o quanto ela está sozinha e o quanto ela quer continuar assim. Inicialmente ela não se descreve fisicamente e nem dá dicas de como é, suas características físicas são descritas aos poucos durante a leitura.
Pela forma como ela se sente, bastante nostálgica e triste, o leitor já entende que ela passou por algum problema, um trauma recente que faz ela pensar e agir da forma que age.
Até certo ponto eu consegui sentir empatia pela personagem, porém depois de um tempo toda divagação que ela fazia a respeito de solidão me soava bastante cansativa, e nesse ponto entra uma outra coisa que eu detesto, SENSACIONALISMO.
Chega um momento em que o leitor não quer mais saber que a Marin tá sofrendo, ele quer saber o motivo pelo qual ela está assim, só que a autora conta um pouco, depois que a Marin tem uma 'crise', fica mal e não quer mais falar sobre o assunto, como se fosse pro leitor se sensibilizar com a Marin e entender que ela estava tão mal que não conseguia falar.
Quando ela (enfim) fala sobre o que aconteceu de fato, o que levou ela aquele estado de tristeza e solidão, o leitor consegue se solidarizar com ela. Porém é perceptível a tentativa por parte da autora de querer forçar ao leitor uma empatia pela Marin, isso foi o que me fez não aproveitar tanto a leitura desse livro, além disso ele tem umas frases bem Tumblr/Twitter:

"Sei que estou sempre sozinha, mesmo cercada de pessoas, então deixo o vazio entrar" 

"Existem, muitas formas de estar sozinha" 

"As coisas mais inocentes, podem remeter as mais terríveis" 

Eu já ouvir versões dessas frases, faltou originalidade? 
E tem a frase, que decidiu o número de estrelas que eu ia dar pra esse livro, e ainda fui boazinha. 

"agradecida pelo fato de ser loura e poder mostrar as pernas mesmo tendo ficado muito tempo sem raspa-las" 

Depois de ler isso eu descobrir que sou uma mutante, ou uma ninja ou sei lá.. mas eu também consigo mostrar as pernas mesmo sem raspá-las e eu sou negra. O.O, preciso urgentemente fazer um vídeo mostrando essa habilidade na internet, porque eu sempre fiz isso e nunca soube que apenas as louras poderiam fazer, será que dá pra ganhar dinheiro com isso? [inserir ironia aqui] 

Em suma, independente da cor da sua pele dá pra mostrar as pernas sem ter raspado elas, tá bom? E mais, independente do seu gênero, orientação sexual ou cor,  é OPCIONAL depilar as pernas. 

Concluindo, o livro não é péssimo, mas também não chega a ser bom, eu fui boazinha e até dei 2,5 estrelas pra ele. 
É isso, beijão e até mais. 

Nenhum comentário :

Postar um comentário

@darksunbooks

Topo