Livro x Filme / Nerve - Jeanne Ryan

Um caso onde o filme é melhor que o livro.

Vi esse filme assim que lançou no Netflix por motivos de Dave Franco a sinopse ter me chamado bastante atenção.



Basicamente o filme conta a história da Vee uma garota simples, tímida e reservada da qual todos sempre esperam atitudes sensatas, e que vive a sombra de sua melhor amiga Sidney, esta bastante popular e ousada. Por causa de provocações de seus amigos sobre sua falta de ousadia, Vee acaba participando do Nerve, um jogo on line onde as pessoas precisam cumprir desafios, a fim de se divertirem e também de ganharem dinheiro. O plano inicial é de Vee cumprir apenas um desafio e desistir do jogo, porém ela acaba gostando dos desafios e continua a jogar, percebendo depois, que o jogo pode ser bastante perigoso.

Abaixo segue um pôster do filme, e sim gente, não esqueci de mencionar o garoto não, como vocês já devem imaginar, o filme tem romance, a Vee conhece o Ian no seu primeiro desafio, e o público, (sim esqueci de mencionar que todos os desafios do jogo são assistidos por milhares de telespectadores, sorry), gosta da química entre eles e a partir de então a maioria dos desafios, eles precisam cumprir juntos.

Agora vamos ao livro:

"Tímida, esforçada, leal, todas essas chatices típicas de Capricórnio, eu sou assim"


Sinopse: Você já se sentiu desafiado a fazer algo que, mesmo sabendo que pode se arrepender depois, acaba levando em frente? A heroína deste livro também.
Vee cansou de ser só mais uma garota no colégio, e quer deixar os bastidores da vida para assumir seu merecido posto sob os holofotes. E o jogo online Nerve, febre nacional transmitida ao vivo, pode ser o início dessa trajetória de sucesso. Basta que ela clique no botão “Jogador” em vez de “Espectador” para entrar na disputa, que propõe, a cada etapa, um desafio novo.
A adolescente acaba formando uma dupla imbatível com Ian, um garoto desconhecido com quem trava contato ao se inscrever em Nerve. Juntos, vão galgando posições no jogo. Mas, conforme os dois avançam na disputa, os desafios ficam cada vez mais complexos... e perigosos. - Skoob

Nerve (amém por eles terem mantido o título original) foi lançado originalmente em 2012 e em 2016 a editora Planeta resolveu aproveitar que o filme seria lançado e lançou o livro junto. A capa brasileira é a capa de filme, o que só aumentou o apelo, mas que particularmente eu até gosto dessa capa e entendo o uso dela, apesar de achar a capa original (esquerda) mais bonita.

"O Carma deve está querendo me ferrar" 

Impressões/Livro: Provavelmente você achou a sinopse do livro e do filme parecidas senão iguais. Porém na prática ambos são bem diferentes, no livro nós temos uma Vee um pouco mais animada que no filme, em contra partida nós temos no livro um Ian muito forçado.
Falando do livro isoladamente, a escrita é uma escrita rápida, de fácil entendimento, mas não é nada muito elaborada. Em algumas partes, achei que a autora foi inclusive amadora, ela queria justificar o comportamento da Vee com o signo dela e isso me pareceu coisa de fanfic, sabe? Aliás essa foi a minha impressão ao ler o livro, que alguma fã tinha visto o filme e feito uma fanfic baseada no filme.
O que mais me incomodou no livro, como eu disse acima, o Ian é bastante forçado, ele falava umas coisas pra Vee que não tinha cabimento, coisas que não se falam pra alguém que você acaba de conhecer, além disso em alguns momentos eu achei ele muito egoísta. A Vee também é bastante influenciável, mas no geral até que me diverti muito lendo o livro, e dei bastante risada com a Vee, por isso acabei dando 3,5 para o livro, porque ele cumpriu com o que prometeu.


Impressões/Filme: O filme é gostosinho de assistir, é aquele filme que tem começo meio e final e nada fica subentendido, os personagens são legais, e quero destacar aqui o Ian.
Esse personagem em especial tem uma melhora imensa se comparado ao personagem do livro. Primeiro que nós temos aqui um Ian, que tem um motivo sério para estar no jogo e apesar de insistir pra que a Vee cumpra alguns desafios com ele, no final, nós acabamos vendo que ele se importa verdadeiramente com ela. Okay, ele dá uns vacilos, mas ele tem bons motivos para isso.
Outro destaque do filme, os desafios são mais emocionantes que os do livro, não quero dar spoiler aqui, mas pra quem já viu ou vai ver, o desafio da moto é o meu preferido.
A Vee é uma personagem bastante cativante, possui algumas atitudes irresponsáveis, mas que são justificadas por causa da situação de estresse em que ela fica por conta do jogo.
Outro destaque é a amiga da Vee, a Sidney, ela foi uma personagem muito convivente e importante para trama, além de apontar para um problema que alguns jovens passam.

O filme tem uma pegada meio Black Mirror então em vários momentos é possível ver como eles estão criticando a sociedade de forma muito sútil.
Dei 5 de 5 estrelas para o filme e super recomendo.



Coração Satânico - William Hjortsberg

Olá sencientes, tudo bem com vocês? Precisava comentar com vocês sobre esse livro que foi para mim uma senhora surpresa! Vamos lá?!

Coração Satânico foi lançado em 1978, e seu título original é Angel Heart. Em 2017 a Darkside resolveu lança-lo aqui no Brasil e coincidentemente e infelizmente, o autor do livro morreu esse ano, antes inclusive, do lançamento do livro por aqui.




Sinopse: Coração Satânico se passa em Nova York, em 1959. Harry Angel é um detetive particular contratado para encontrar Johnny Favorite, um músico famoso que desaparecera após a Segunda Guerra Mundial. Psicologicamente transtornado com os campos de batalha, Johnny retornaria aos Estados Unidos em estado catatônico. Dias depois, ele some do hospital de veteranos, sem deixar rastros. O caso leva Harry Angel a se envolver com seguidores do vodu, assassinos e um cliente que não ousa perdoar velhas dívidas.





Impressões: Esse é um daqueles livros que quanto menos informação você souber sobre ele, melhor. Por isso vou ser breve em dizer o que achei do livro. 
Gostei bastante da escrita do autor pois apesar dele descrever muito detalhes, a escrita não ficou cansativa e ao mesmo tempo mostrava-se muito objetiva, o que é raro de acontecer em livros policiais.

Os personagens e o ambiente são bem descritos, e é bastante interessante conhecer a Nova York dos anos 50, os bares, as bandas de Jazz.
Importante salientar que esse um romance Noir, então nosso personagem principal não é um cidadão modelo.
Tem umas partes bem pesadas, coisas relacionadas a Missa Negra, o que ajudou a deixar a história com um tom ainda mais sombrio.
Algumas observações: Este é um livro fictício. Os fatos relatados a toda a questão do Vodu e da Missa Negra é relacionado ao enredo desta obra, e as minhas opiniões não querem denegrir ou ferir nenhum praticante destas seitas/religiões.


A Edição está linda, apesar que eu preferia que esse livro tivesse o formato maior e não menor, como é o caso dele, mas fora isso a edição está perfeita.

Em suma, dei 5 estrelas.
É isso, beijão e até mais

Uma Questão de Segundos - Harlan Coben (Mickey Bolitar #2)

Olá sencientes tudo bem com vocês?

Uma Questão de Segundos é a continuação de Refúgio que já tem resenha aqui no blog.
O livro foi publicado aqui no Brasil pela editora Arqueiro em 2013.



Sinopse: Mickey Bolitar nunca teve uma vida normal. Até os 15 anos, ele morou em diversos países por causa do trabalho beneficente dos pais. Quando, por fim, os três se estabeleceram nos Estados Unidos, o pai morreu em um acidente de carro e a mãe acabou internada em uma clínica de reabilitação. Forçado a morar com seu tio Myron, Mickey descobre que está sendo vigiado por uma organização secreta chamada Abrigo Abeona e começa a investigá-la.

Uma das poucas pessoas que podem ajudá-lo é dona Morcega, uma vizinha reclusa e de passado obscuro, mas suas revelações geram mais confusão. Quando mostra a Mickey a foto de um nazista cruel que perseguiu a família dela, ele reconhece o paramédico que anunciou a morte de seu pai. Será que o homem mentiu e Brad Bolitar ainda está vivo?

Enquanto Mickey é assombrado pelas dúvidas, a tragédia se abate sobre a cidade de Kasselton. Durante um suposto assalto, a mãe de sua amiga Rachel Caldwell morre e a garota é baleada. Com receio de que o incidente seja mais um ataque às pessoas que estão ligadas ao Abrigo Abeona, Mickey se junta aos amigos Ema e Colherada para descobrir quem é o criminoso.



Impressões: Esse livro não teve tanta ação quanto o seu antecessor, mas isso foi muito bom, pois o Harlan pode explicar algumas coisas que ficaram em aberto no primeiro volume, nós tivemos aqui também uma participação maior do Myron na vida do Mickey e achei isso super válido, porque conhecendo Myron nós já sabemos que ele jamais desampararia o sobrinho. 
Essa ausência do Myron no primeiro livro em alguns momentos foi o que me incomodou e aqui o Harlan conseguiu introduzi-lo sem tirar o protagonismo do Mickey. 
Os esteriótipos continuaram me incomodando porém Harlan soube trabalhar melhor eles de modo que estes fosses justificados. 
Quanto a escrita, é fluída e rápida, prende o leitor do inicio ao final do livro como já é típico de Harlan. 
È isso aí, dei 4 estrelas para o livro, beijão e até a próxima. 

Star Wars, Alvo em Movimento - Cecil Castelucci, Jason Fry

Olá sencientes, tudo bem? Vamos a mais uma resenha de Star Wars? 


Sinopse: Nesta história, que se passa entre O Império contra-ataca (episódio V) e O retorno de Jedi (episódio VI), a princesa Leia lidera um grupo de rebeldes numa missão contra o maligno Império Galáctico. Passando por três planetas diferentes, ela precisa distrair as tropas imperiais enquanto a Aliança Rebelde organiza um ataque à nova Estrela da Morte.








"Temos que viver por aqueles que perdemos para que suas memórias continuem vivas dentro de nós"



Impressões: Quanto a edição vocês podem ver pelas fotos que segue o padrão dessas 'novelas' (digo novelas pois são curtinhos) de Star Wars publicadas pela editora Seguinte, porém esse livro é o maior em quantidade de páginas possui 240. 


Se tornou o meu preferido dessas novelas, além do livro ser muito bem escrito, respeitando os personagens da saga, esse também foi o livro que mais se encaixou nos episódios clássicos de Star Wars. 

Sobre a escrita, achei ela bem fluída, tanto que li o livro em um dia, e a história é bastante divertida, foi interessante ver outras nuances da Leia, e de como ela se sentia por ser uma princesa. 
Gostei bastante das questões que foram levantadas no livro, sobre a a guerra e o impacto que ela causa na vida das pessoas, quantas mortes são necessárias para vencer uma guerra? A discussão em cima dessas questões não foram aprofundadas, mas acredito que o objetivo era apenas causar reflexão. 
Enfim, é isso eu adorei esse livro, dei 5 estrelas. 
Beijão e até mais. 

O Fim da Eternidade - Isaac Asimov

Tinha tudo pra ser perfeito, porém não foi. 
Olá sencientes, tudo bem com vocês? Vim comentar com vocês sobre mais uma leitura/decepção literária.

The End Of Eternity foi lançado em 1955 e possui como temas centrais, viagem no tempo e engenharia social, em 2007 foi traduzido e publicado pela editora Aleph no Brasil com o título O Fim da Eternidade.  

Sinopse: Andrew Harlan é um Eterno: membro de uma organização que monitora e controla o Tempo. Um Técnico que lida diariamente com o destino de bilhões de pessoas no mundo inteiro: sua função é iniciar Mudanças de Realidade, ou seja, alterar o curso da História. Condicionado por um treinamento rigoroso e por uma rígida autodisciplina, Harlan aprendeu a deixar as emoções de lado na hora de fazer seu trabalho.

Tudo vai bem até o dia em que ele conhece a atraente Noÿs Lambent, uma mulher que abala suas estruturas e faz com que passe a rever seus conceitos, em nome de algo tão antigo quanto o próprio tempo: o amor. Agora ele terá de arriscar tudo - não apenas seu emprego, mas sua vida, a de Noÿs e até mesmo o curso da História.



Impressões: Eu estava com muita, mais muita vontade de ler esse livro, pois a sinopse chamou muito a minha atenção e também porque já havia lido e amado Eu, Robô e Pedra No Céu, no entanto como vocês já devem ter concluído esse livro me decepcionou bastante. 
Antes de explicar os motivos que me fizeram não gostar desse livro, eu vou falar sobre os seus pontos positivos, pois apesar de não gostar da leitura ela me proporcionou momentos bacanas. 
Viagem no tempo: A forma como o Asimov abordou isso nesse livro foi espetacular, até 40% do livro que curte sci-fi vai se deliciar com tudo que é explicado sobre o universo criado pelo autor, todas as regras e leis, é tudo muito bem descrito. 
Os questionamentos que são sutilmente levantados sobre a interferência da viagem no tempo na História, na vida e na evolução humana, sobre as consequências das interferências nesses âmbitos te fazem parar a leitura e ficar pensando no que seria do mundo se a Eternidade fosse uma coisa real.
Até aí tudo lindo e tudo perfeito, agora vamos aos motivos pelos quais eu não gostei tanto quanto queria ter gostado desse livro. 

A introdução de um romance nessa história não era necessário (do meu ponto de vista) ele poderia usar de outros artifícios para fazer com o que o personagem questionasse a necessidade de acabar com a Eternidade. 
Em momento algum, eu consegui sentir empatia pela Noys, desde que ela foi apresentada eu fiquei com um sentimento de que havia algo por trás do aparecimento dela, visto que não existiam até então Eternos do sexo feminino, a personagem não me convenceu, o relacionamento dela com o Harlan também não, na verdade eu achei bem forçado e pra mim era muito chato ler o Harlan falando dela, realmente eu não conseguia entender porque que ele tinha se apaixonado por ela, se a personagem quase não havia se relacionando com ele. Eu sei que ela era a única mulher com a qual ele tinha contato, porém não justifica ele ter se apaixonado e ter tomado algumas atitudes por causa dela. 

Além do que foi dito acima, eu preciso falar também que o livro é machista em alguns aspectos, por exemplo: Não existem mulheres Eternas(Mulheres que trabalham na Eternidade), e a explicação que é dada para isso no livro eu posso resumir que é simplesmente porque mulheres são mais suscetíveis a discordar de mudanças temporais, por serem mais apegadas as coisas. Além disso no livro mulheres são retratadas também como objeto de desejo dos homens, APENAS.  Isso não é uma coisa que pesa no livro, mas é uma coisa que incomoda e conta muito como ponto negativo. Tudo bem que o ano de publicação é 1955 e um machismo ou outro pode ser 'entendido', mas nesse caso aqui merecia ser mencionado. 

Dei apenas 3 estrelas para esse livro, por conta do começo. 
É isso, beijão e até a próxima. 

Outros Jeitos De Usar A Boca - Rupi Kaur

O novo queridinho.

Esse livro caiu nas graças de uma galera e ficou muito famoso nas redes sociais, o título que é bastante intrigante e que pouco tem a ver com o livro também chama muito atenção e foi o que me causou curiosidade em saber do que se tratava e em seguida lê-lo, confesso que prefiro o título original, Milk and Honey.


Sinopse: 'outros jeitos de usar a boca' é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste volume –, o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.


                                                                       "quando minha mãe diz que mereço coisa melhor
                                                       eu te defendo por força do hábito
                                                       ele ainda me ama eu grito
                                                       ela olha para mim com olhos derrotados
                                                       do jeito que os pais olham para os filhos
                                                       quando sabem que esse é o tipo de mágoa
                                                       que nem eles conseguem mudar
                                                       e diz
                                                       pra mim esse amor não significa nada
                                                      se ele não faz merda nenhuma com isso"

Impressões: Li o livro em e-book, então não posso falar da qualidade da edição física, porém o livro mesmo em e-book tem umas ilustrações bacanas.

 Quanto ao conteúdo no geral, tem uns poemas bacanas, porém a maioria é genérica a coisas que vemos em páginas do facebook, twitter e tumblr. Não tem nada de extraordinário no livro, as poesias são legais, me identifiquei com alguns poemas dela, mas foi só isso, nada que tenha feito o livro entrar pro meu hall de favoritos.

 Contudo, é bastante importante que tenhamos mulheres feministas escrevendo poesia, e principalmente se essas poesias tratarem sobre problemas que as mulheres enfrentam diariamente, por isso entendo todo o hype que o livro teve e espero que com o sucesso desse livro nós tenhamos um aumento de livros com esses temas sendo publicados.

Dei 3 estrelas para esse livro, classificando-o assim como um bom livro, que  indico bastante, porém não espere nada de espetacular na poesia da Kaur.

É espetacular que ela se disponha a falar sobre isso, que ela traga esses temas à tona, principalmente com a sociedade machista em que vivemos, no final do livro a Kaur faz um poema agradecendo aos leitores, mas eu que agradeceria a ela, se pudesse, por esse livro, por ter coragem de publicá-lo, por sua sensibilidade e empatia com as mulheres.
Beijos e até mais.

@darksunbooks

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