O Fim da Eternidade - Isaac Asimov

Tinha tudo pra ser perfeito, porém não foi. 
Olá sencientes, tudo bem com vocês? Vim comentar com vocês sobre mais uma leitura/decepção literária.

The End Of Eternity foi lançado em 1955 e possui como temas centrais, viagem no tempo e engenharia social, em 2007 foi traduzido e publicado pela editora Aleph no Brasil com o título O Fim da Eternidade.  

Sinopse: Andrew Harlan é um Eterno: membro de uma organização que monitora e controla o Tempo. Um Técnico que lida diariamente com o destino de bilhões de pessoas no mundo inteiro: sua função é iniciar Mudanças de Realidade, ou seja, alterar o curso da História. Condicionado por um treinamento rigoroso e por uma rígida autodisciplina, Harlan aprendeu a deixar as emoções de lado na hora de fazer seu trabalho.

Tudo vai bem até o dia em que ele conhece a atraente Noÿs Lambent, uma mulher que abala suas estruturas e faz com que passe a rever seus conceitos, em nome de algo tão antigo quanto o próprio tempo: o amor. Agora ele terá de arriscar tudo - não apenas seu emprego, mas sua vida, a de Noÿs e até mesmo o curso da História.



Impressões: Eu estava com muita, mais muita vontade de ler esse livro, pois a sinopse chamou muito a minha atenção e também porque já havia lido e amado Eu, Robô e Pedra No Céu, no entanto como vocês já devem ter concluído esse livro me decepcionou bastante. 
Antes de explicar os motivos que me fizeram não gostar desse livro, eu vou falar sobre os seus pontos positivos, pois apesar de não gostar da leitura ela me proporcionou momentos bacanas. 
Viagem no tempo: A forma como o Asimov abordou isso nesse livro foi espetacular, até 40% do livro que curte sci-fi vai se deliciar com tudo que é explicado sobre o universo criado pelo autor, todas as regras e leis, é tudo muito bem descrito. 
Os questionamentos que são sutilmente levantados sobre a interferência da viagem no tempo na História, na vida e na evolução humana, sobre as consequências das interferências nesses âmbitos te fazem parar a leitura e ficar pensando no que seria do mundo se a Eternidade fosse uma coisa real.
Até aí tudo lindo e tudo perfeito, agora vamos aos motivos pelos quais eu não gostei tanto quanto queria ter gostado desse livro. 

A introdução de um romance nessa história não era necessário (do meu ponto de vista) ele poderia usar de outros artifícios para fazer com o que o personagem questionasse a necessidade de acabar com a Eternidade. 
Em momento algum, eu consegui sentir empatia pela Noys, desde que ela foi apresentada eu fiquei com um sentimento de que havia algo por trás do aparecimento dela, visto que não existiam até então Eternos do sexo feminino, a personagem não me convenceu, o relacionamento dela com o Harlan também não, na verdade eu achei bem forçado e pra mim era muito chato ler o Harlan falando dela, realmente eu não conseguia entender porque que ele tinha se apaixonado por ela, se a personagem quase não havia se relacionando com ele. Eu sei que ela era a única mulher com a qual ele tinha contato, porém não justifica ele ter se apaixonado e ter tomado algumas atitudes por causa dela. 

Além do que foi dito acima, eu preciso falar também que o livro é machista em alguns aspectos, por exemplo: Não existem mulheres Eternas(Mulheres que trabalham na Eternidade), e a explicação que é dada para isso no livro eu posso resumir que é simplesmente porque mulheres são mais suscetíveis a discordar de mudanças temporais, por serem mais apegadas as coisas. Além disso no livro mulheres são retratadas também como objeto de desejo dos homens, APENAS.  Isso não é uma coisa que pesa no livro, mas é uma coisa que incomoda e conta muito como ponto negativo. Tudo bem que o ano de publicação é 1955 e um machismo ou outro pode ser 'entendido', mas nesse caso aqui merecia ser mencionado. 

Dei apenas 3 estrelas para esse livro, por conta do começo. 
É isso, beijão e até a próxima. 

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